Manhã de domingo, no calçadão de Ipanema. Volto de minha caminhada rotineira, apressada como sempre. MP3 player tocando alto músicas dançantes para dar mais energia ao exercício. Meu tênis desamarra e quando abaixo para arrumar, me deparo com uma cena que me faz parar o exercício. Uma menina de seus sete anos de idade, com patins, capacete e joelheiras tenta corajosamente aprender a patinar. Olho em volta e ela parece estar sozinha ali. Não vejo sinais de seus pais ou qualquer outra companhia.
A menina parece trêmula e insegura, mas firme no propósito adiante. Os patins parecem querer sair de seus pequenos pés e mesmo assim, cambaleante, a pequena continua a tentar. Cai uma vez. Faz cara de choro, mas levanta e tenta de novo. Cai mais uma vez e sinto vontatde de correr para ampará-la. Mas antes mesmo que possa esboçar qualquer reação, a menina levanta, sacode a poeira dos joelhos, olha para as mãos para ver se têm algum machucado e, para minha surpesa, tenta de novo. Sozinha ali, minha pequena guerreira segue incansável, com persistência e paciência o firme propósito de superar seu medo e sua inabilidade. Às vezes para e olha o rio, como quem busca forças para seguir tentando. Me encho de admiração por aquela menina, que em tão tenra idade parece já conhecer um dos maiores segredos da vida que é a persistência, a força de vontade para alcançar seus sonhos. Tantos adultos parecem esquecer disso... Ela não se deixa abater por pequenas derrotas ou por alguma dor eventual. Ergue a cabeça e tenta novamente. Tantas vezes quantas forem necessárias. Quando finalmente consegue alçar seu primeiro vôo nos patins, vibra como se tivesse batido um recorde. É assim mesmo pequena vencedora... grandes esforços são sempre recompensados, nem que seja por tua própria satisfação. Mereces comemorar tua vitória... Não imaginas que aos meus olhos, és a heroína do dia.
LINDO SEU TEXTO BINS!
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